Depois de frutas, verduras e até mesmo flores, chegou a vez de um ingrediente essencial na produção da cerveja ser plantado sem a necessidade de utilizar o solo: o lúpulo.

A produção vertical do insumo no Brasil começará a ser experimentada em ambiente fechado e controlado em São Paulo por meio da técnica de hidroponia. Essa novidade, que marca também o Dia Internacional da Cerveja, só será possível porque o Projeto Fazenda Santa Catarina, da Ambev, e a agtech 100% se uniram para fomentar e incentivar a cultura do lúpulo brasileiro.

Nos últimos anos, a 100% Livre, que tem a maior e mais produtiva fazenda vertical da América Latina, utilizou a técnica para produzir alimentos mais saudáveis, saborosos, livres de agrotóxicos e de maneira mais sustentável.

A partir de agora, a agtech, com o apoio da Ambev, vai utilizar as tecnologias do seu laboratório Sprout Labs para criar possibilidades de cultivo e desenvolvimento de lúpulo em ambiente controlado.

Diferentemente do que acontece com as hortaliças na fazenda vertical da 100% Livre, o lúpulo não será cultivado em prateleira. A estratégia é fazer andares de cinco metros de altura para conseguir trabalhar verticalmente.

Atualmente, o que está sendo feito são estudos de produtividade nesse formato, um modelo que ainda não é utilizado na produção de ingredientes cervejeiros.

“O lúpulo no Brasil ainda está no estágio inicial de desenvolvimento, de forma que toda a tecnologia aplicada e conhecimento obtido de outras culturas são muito bem-vindos. Poder participar dessa frente de hidroponia indoor em larga escala, sem dúvida, é algo disruptivo e vai nos trazer grandes aprendizados. É mais uma forma de fomentar a cadeia de lúpulo no país”, comemora Felipe Sommer, Coordenador do Projeto Fazenda Santa Catarina, da Ambev.


 

O cultivo em ambiente protegido possibilita a produção durante todo o ano, sem depender de fatores externos: desde a iluminação, água e temperatura, incluindo os nutrientes e produtos químicos que são controlados.

Nesse processo, também é possível ter economia de água, já que o sistema hidropônico utilizado no ambiente requer apenas 5% da quantidade necessária na produção convencional, e reduzir a emissão de carbono lançado na atmosfera.

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