O que dizer de um rótulo de vinho que simplesmente resumiu nosso 2020?
O vinho que bombou na internet foi realmente lançado e é considerado pelo criador, o artista plástico Francisco Eduardo, como uma “obra de arte”.
Foram criadas 1.000 garrafas do vinho “Que Se Fod* 2020” que foram vendidas em um site e se esgotaram em pouco tempo! Dentro da garrafa está um vinho tinto monocasta Syrah de 2017 da prestigiada Adega da Azueira.
![](https://etilicos.com/wp-content/uploads/2020/12/quesf.jpg)
Apreciador de vinhos, fez algumas provas na Adega de Azueira, onde escolheu o vinho. Explicou o conceito (“não queria, de modo algum, criar uma concorrência ”), comprou mil garrafas e tratou de toda a concepção e impressão dos rótulos, bem como da estratégia de comunicação criativa. Em dois dias, o vinho de 15 euros a garrafa, esgotou. “Se não conseguir adquirir desta vez, Que se foda, tente para a próxima. Obrigado.”
Pra quem conseguiu adquirir essa obra-prima, recebeu uma mensagem bem legal.
![](https://etilicos.com/wp-content/uploads/2020/12/vinho-esgotado-qsf.jpg)
” Admiráveis clientes que arriscaram no Que se foda,
Antes demais sossegá-los – receberão os itens adquiridos muito em breve. Sou artista de profissão e autor desta campanha. Venho revelar-lhes que o produto que adquiriram é uma obra de arte e não um vinho. São garrafas com uma mensagem de fé. O que está dentro das obras é um vinho Syrah de 2017 certificado pela Adega da Azueira, premiado com medalha de ouro, que comprei selado. Não quero é ludibriar o adquirente e por isso frisar-lhe que o que comprou foi arte. Assim, e caso não aceite o produto enquanto arte, naturalmente que lhe devolvo o dinheiro. Caso aceite, peço-lhe por favor que responda ao e-mail que deverá receber em breve, comunicando a sua confirmação. Adicione se desejar os seus dados de faturação para que lhe possa emitir a devida fatura.
Para não o fazer perder o seu tempo, tomei a liberdade de despachar as encomendas, fineza minha que poderá recusar no momento da entrega.
Por que o fiz?
Porque há momentos na vida em que os medos parecem ultrapassar os nossos sonhos e é nesses momentos que é preciso dizer e fazer.”