O assunto da semana, a polêmica que envolve o consumo excessivo de bebidas alcoólicas pelos jovens, após a morte do estudante de engenharia elétrica da Unesp de apenas 23 anos, depois de ingerir mais de 30 doses de vodka em uma festa promovida por várias repúblicas de estudantes na cidade de Bauru/SP.

O consumo excessivo de bebida alcoólica é prejudicial à saúde e todo mundo sabe disso, mas o que isso tem a ver se a minha saúde – pelo menos o que aparenta – está em dia? Porem a bebida alcoólica em excesso pode agravar problemas de saúde já pré-existentes no corpo e você nem sabe que tem, por exemplo a anemia que cerca de 1/3 das mulheres brasileiras tem e não sabem.

Eu bebo, saio e me divirto com meus amigos, e é daora, é legal! Sim! É tudo isso e mais um pouco, porém os jovens de hoje (eu tenho 25 anos e estou inclusa nesse “jovens”) não tem mais controle sobre o quanto bebem, o importante, o daora é ficar bêbado!

Um estudo recente feito na Suíça mostra que os jovens que saem com amigos tendem a beber mais álcool, quanto maior a turma, maior a quantidade de álcool consumida.

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O estudo, feito pelo Instituto para Prevenção de Problemas com Álcool e Drogas da Suíça, foi publicado nesta quarta-feira (3) na revista científica “Addiction”. Para chegar à conclusão, os participantes tiveram que responder, em seus smartphones, questionários online de hora em hora durante uma noitada no bar. Em cada questionário, informavam a quantidade de amigos presentes e o número de doses consumidas. A conclusão do estudo foi que na medida em que aumentava o número de amigos, aumentava também o número de doses consumidas por hora.

Quando os jovens (generalizando o assunto ou não) estão em uma roda de amigos cheia de álcool, seja em uma festa paga ou open bar, muitos disputam quem bebe mais, para poder mostrar aos outros o quanto ele é forte, o quanto ele é bonzão de copo, mas não é bem assim que funciona a coisa. Querer mostra para a sociedade que você é bom de copo só mostra o quanto você é ingênuo a bebida e quanto ela pode te dominar e ter controle sobre suas ações e reações.

Eu já ouvi muitos amigos em rodas de churrasco, chamarem outros amigos de fracos, frescos, beberrões, porque eles não aguentavam beber muito (até eu já fui chamada assim) “quem não aguenta bebe leite”, “se não aguenta não desce pro play”, “você bebe como uma moça” até deixar a pessoa envergonhada e mostrar a ela que ela aguenta beber mais e mais, ate ficar bêbada, perder o controle sobre si, passar mal e o “vexame” ser pior do que ser chamado de fresco!

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Não existe a necessidade do ser humano querer ser melhor que o outro em nenhum requisito, seja no trabalho, na faculdade, no esporte ou pior no levantamento de copo. Mostrar para seus amigos que você aguenta beber, misturar bebidas, e continuar em pé, não te faz o melhor da turma, não mostra o quanto você é forte pra bebida, mostra que você não tem limite, mostra que você não tem controle sobre as ações externas, e suas reações são as piores, como continuar bebendo, mesmo sabendo que está caindo de bêbado, você vai dar um PT (perda total) e consequentemente não será lembrado como o “foda” dos bebedores, pode ter certeza.

A bebida alcoólica pode ser chamada como o liquido da felicidade, a cura de uma tristeza, a cura do tédio, um momento de descontração num domingo à tarde vendo futebol com os amigos, porque quem bebe é feliz, quem bebe tem história, faz amigos, se diverti, da risada, inibi a timidez, o torna desinibido, eufórico e reativo, mesmo tudo isso sendo um fator colateral positivo. Quantas inúmeras vezes nós contamos às histórias dos nossos porres, dos porres dos amigos. Ser um adulto e beber ate o seu limite, não é coisa de fraco, e coisa de gente consciente.

Anualmente são registradas em torno de 50 mil mortes relacionadas a acidentes de carro com álcool, é um crime doloso, onde há a intenção de matar, mas acredito que isso não mude o fato de você ler esse texto e em seguida correr para um bar e beber com os amigos, não quero condenar e muito menos falar mal do ato de beber bebidas alcoólicas, até porque eu bebo e todos sabem, mas nós jovens precisamos tronar essa relação com o álcool algo que possamos ter controle, limites e não uma autodestruição.

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Glorificar de pé as nossas saídas com os amigos para os bares da vida, baladas, festas, sair de taxi quando for beber, ter o tal “motorista da rodada”, não zuar aquele amigo que bebe pouco ou as vezes que não bebe nada de álcool, e ter uma conversa consigo mesmo do quão dependentes estamos de uma cerveja ou uma dose de vodka no fim se semana.

Não existe vergonha alguma em beber seja la qual for a bebida alcoólica, e ter moderação, controle e limite, até porque não existe um antídoto eficaz contra a ingestão excessiva de álcool. Tente se alimentar bem e manter-se hidratado, mesmo que você diga que não precisa de água, porque esta “ de boa”, vamos romper esse padrão alcoólico e ser etílicos de uma forma diferente e consciente.

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