Meus iá-iás e meus iô-iôs. Foi com um tremendo choque que na manhã de quarta-feira, 08 de fevereiro de 2012, recebi a notícia da morte do cantor Wando. Não, não vou dar uma de super-fã do cara depois que ele morreu, como é de praxe por aí, mas quem aí, fã ou não, nunca se divertiu naquela roda de violão com amigos cantando a plenos pulmões e copos cheios hits como “Fogo e Paixão” e “Moça”?
A carreira de Wando teve início em 1969. Apadrinhado por ninguém menos que Jair Rodrigues, que gravou a composição “O importante é ser Fevereiro” em 1974, Wando emplacou sucessos nas rádios e trilhas sonoras de novelas, além de ter composições gravadas por Roberto Carlos e Ângela Maria. Desde então, sempre falando de amor e sedutor a seu modo, Wando se apresentava nos quatro cantos do país alcançando um grande número tanto em público quanto em calcinhas.
Desde que vi na TV o noticiário sobre a internação do colecionador de calcinhas por complicações cardíacas, imaginei: “Aff! Ele vai se safar dessa!” Ele é o tipo de cara que você imagina que ainda vai ver muito nos programas de sábado e domingo à tarde.
A luta de Wando pela vida mobilizou as redes sociais com o movimento #ForçaWando e o compartilhamento de fotografias de calcinhas de fãs desejando melhoras.
Então, eis que a hora do cara chegou. Aos 66 anos, com uma carreira de sucesso e uma baita coleção de calcinhas, o ícone brega Wanderley Alves dos Reis não sobreviveu a uma parada cardiorrespiratória.
Tome boas doses da sua bebida favorita, capaz de fazer você dedicar juras de amor ao telefone àquele seu amor não correspondido, chame os amigos, pegue um violão e juntos prestem uma homenagem a este que foi um mestre na arte da composição e interpretação brega que fará falta nas rádios. Chora, coração!
R.I.P. Wando.
Wando combina com uma boa dosa de campari.