A moda agora é o sertanejo universitário. Músicas repetitivas, com rimas fáceis e cada vez mais “mudérno”, o sertanejo pop toma as paradas musicais desde o rádio até as caixas de som da galera que curte as “baladas” de calças justas e camisas quadriculadas.
O sertanejo no Brasil teve inicio em meados de 1910 com as famosas modas de viola caipira narrando os causos do cotidiano de quem vive no sertão. Posteriormente o estilo foi se modernizando, mais instrumentos foram adicionados e novas influências foram absorvidas como pop, rock, country, blues e MPB. A temática também se modificou e as letras mela-cueca sobre amores não correspondidos tornaram-se predominantes.
Com a boa aceitação comercial pipocaram milhares de cantores solo e na maioria duplas de sertanejo que construíram carreiras bem sucedidas como Chitãozinho e Xororó, Leandro e Leonardo, João Paulo e Daniel. Muitas delas também desaparecem com a mesma velocidade com a qual apareceram (sim, você deve se lembrar de nomes como Marlon e Maicon ou Cleyton e Camargo).
A indústria fonográfica, de olho nas tendências, resolveu investir ainda mais em produção musical e no visual de alguns desses artistas para manter o sucesso e aumentar o público. Surge então o sertanejo universitário, direcionado para jovens e com nomes como Michel Teló, Victor e Léo, Jorge e Mateus, João Bosco e Vinícius, Luan Santana, César Menotti e Fabiano e mais uma infinidade que surgem todos os dias, tornando a tarefa de listá-los uma perda de tempo, pois os nomes tendem ao infinito.
Bordões e termos também viraram moda como: “Aooooow, potência!” que os fãs de sertanejo repetem ao ver algo que julgam FODA (ou às vezes quando não tem o que dizer mesmo), e “balada” para se referir às festas onde rola a azaração. E maldito seja aquele que não tenha o famoso “pen drive” do sertanejo à mão no porta-luvas do carro…
E ainda tem as versões sertanejas para sucessos do funk carioca…
Haters estão xingando muito no twitter com o sucesso da versão internacional de “Ai se eu te pego” do cantor Michel Teló, que chegou a desbancar Adele e Coldplay nas paradas internacionais. A mídia deu uma exagerada em algumas matérias sobre o fato, o que gerou revolta na massa intelectual mas uma coisa é inegável: o sertanejo universitário tá na moda e vai durar por um tempo considerável. A galera quer zoar e beber (de preferência Big Apple com Schweppes…).
Segue um top 5 do que anda tocando por aí:
Gusttavo Lima – “Balada Boa”
Tche tche re re tche tche…
Jorge & Mateus – “Amo Noite e Dia”
Guilherme & Santiago – “Bolo Doido”
João Bosco e Vinicius – “Tarde Demais”
Luan Santana e Ivete Sangalo – “Química do Amor”