Nem só de beber vive o homem.  Com essa lógica trabalha o Comida di Buteco. Infelizmente não pudemos ter nenhum enviado especial para a cobertura do evento mas não podíamos deixar passar em branco o resultado desse campeonato que é o orgulho de todo mundo que aprecia uma boa bebida.

Mas antes um pouquinho de história

A história do Comida di Buteco começa em 1999, quando Eduardo Maya – então produtor e apresentador do programa “Momento Gourmet”, da extinta Rádio Geraes FM – apresentou à emissora a proposta de um concurso que elegesse o melhor tira-gosto de boteco da capital. A idéia logo ganhou a adesão de João Guimarães – proprietário da emissora – e de Maria Eulália Araújo – diretora-executiva da rádio – que, imediatamente, sugeriu o nome do evento.

A primeira edição aconteceu no ano seguinte (2000), em Belo Horizonte, com apenas 10 botecos participantes. O resultado foi melhor que o esperado, com sucesso de público e crítica. Nos anos seguintes, o Comida di Buteco só cresceu, mesmo com o fim da Rádio Geraes FM, em 2005, se tornando uma empresa independente.

A cada ano, mais e mais pessoas se envolviam no concurso, transformando o Comida di Buteco em referência nacional. Em 2008, o concurso entrou no conceituado Guia 4 Rodas (Editora Abril) e passou a ser realizado em diversas cidades do interior de Minas Gerais e em outros estados. Neste ano também, dois novos sócios se uniram ao projeto: Ronaldo Perri e Flávia Rocha, com a missão de expandir o conceito a outras praças.

Os números atuais do Comida di Buteco impressionam, o evento está presente em 11 cidades e, só em Belo Horizonte, o público participante é estimado em cerca de 800 mil pessoas por edição, com mais de 160 mil votos nos pratos participantes (Vox Populi / 2010).

A festa “A Saideira” – que tradicionalmente marca o encerramento e a premiação do concurso – se tornou um dos eventos mais esperados da cidade e recebe mais de 26.500 botequeiros nos dias em que é realizado.

O Comida di Buteco se tornou também um fenômeno de comunicação. Em 2010, a mídia espontânea do projeto superou o valor de 16 milhões de reais, tendo o Comida di Buteco figurado nos principais veículos da mídia nacional e importantes publicações internacionais, como o NYTimes e La Nacion.

Vamos aos vencedores..

Em Belo Horizonte/MG, berço das festividades  a festa foi do Bar do Zezé, primeiro lugar com “Sonho meu“. O petisco serve uma porção de músculo cozido, acompanhado de feijão andu, calabresa, bacon e mandioca amarela na manteiga de garrafa.  Também homenageando a culinária do Vale do Jequitinhonha, tema desta edição,  o Autêntico’s Bar garantiu o segundo lugar ao criar o “Comer, rezar e amar“, mesclando costelinha de porco empanada com farofa de pequi, acompanhada de purê de mandioca com manteiga de garrafa e requeijão escuro.

O Bar da Lora ficou com a terceira colocação com “Não acredito“, uma mistura de carne de sol, linguiça defumada, mandioca na manteiga de garrafa, requeijão do Norte mineiro, acompanhados de molho de siriguela, melaço de rapadura e farinha de pequi. A quarta colocação foi do Curin Bar, que criou o “Tagarela“, língua de boi serenada e defumada com melado (caldo) de rapadura, cerveja preta, cebola, pimentão, creme de pequi, pimenta, batata cozida e carne de sol desfiada. O Boteco da Carne ficou com q quinta posição. Seu “Quatro de Ouros” é um filé em cubos, paçoca de carne de sol com manteiga de garrafa, lombo apertadinho, molho de rapadura e purezinho com requeijão de raspa.

Já em Salvador o bar Escondidinho venceu a edição com o petisco “Na Moita“, um escondidinho de aipim com recheio de carne fumeiro, maxixe refogado na maionese com camadas de queijo mussarela. “O maxixe não é comum, entra só na maxixada e nem todo mundo gosta. Então, o grande desafio foi fazer um prato diversificado e bem aceito pelas pessoas”, explicou Maria Vitória, proprietária do bar, em entrevista ao site da Bahiatursa, a Secretaria de Turismo da Bahia.

Maxixê – Petisco que ficou em segundo lugar

O Lulas Bar ficou com o segundo lugar. Seu “Maxixê” contém maxixe cozido e recheado com arroz e carne moída, coberto por molho de tomate e queijo muzzarela. Com “Palitinho al mare com maxixe“, a Cantina do Julliu’s levou o terceiro prêmio. A receita consiste em palitinhos de camarão e polvo com maxixe ao molho de ervas com maionese. O quarto colocado, “Piriguete“, do Jô da Bahia, é um salgado elaborado com massa cozida, empanado na tapioca, recheado com carne e maxixe. Em quinto, o Bar do Peixouto elaborou o “Peixixe no Arpão“, que leva maxixe recheado com bacalhau, azeitonas verdes e pretas, ovo de codorna, maionese, empanado na farinha de rosca e frito, servido em um espeto.

Durante o evento, os visitantes puderam conhecer no Box Bohemia os componentes de cada uma das variantes da bebida, sentir o cheiro dos ingredientes e assistir a um vídeo do mestre-cervejeiro sobre a Família Bohemia.  A visita pelo espaço foi acompanhada por aprendizes de mestre-cervejeiros.

Em breve colocaremos aqui os vencedores das outras 9 edições do Comida di Buteco!

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