Com a chegada do carnaval, logicamente aumenta a chegada de estrangeiros em nosso país e consequentemente dispara o consumo da nossa bebida mais internacionalizada. Você já sabe que é da caipirinha que estamos falando. Então que tal surpreender as pessoas fugindo da tradicional caipirinha e inovar na degustação da bebida mais brasileira do mundo.

A tradicional caipirinha é de água ardente, açúcar e limão e as únicas novidade do brasileiríssimo drinque eram feitas com vodca ou saquê. Também é de temporadas passadas, quem diria, chamar de novos os sabores hoje tão populares de frutas vermelhas, maracujá, abacaxi, uva, kiwi. Que tal ousar e inovar ainda mais com esses toques especiais.

Pimentas

Algumas são fortes demais. Nunca use, por exemplo, a malagueta. Já a biquinho e a rosa, que têm pouca picância e bastante sabor, são boas para os coquetéis e podem ir inteiras ao copo. Mas pimenta é especiaria que não serve apenas para dar aroma: um leve ardor cai bem com algumas frutas. Para deixar a bebida ardidinha na medida, a dedo-de-moça é ideal. “Lave uma pimenta inteira, faça um corte longitudinal da ponta à base, mas sem parti-la em dois”, explica Souza. “Retire o excesso de sementes, com ajuda de uma faca, e espete-a na borda do copo. Fica ótima na versão com tangerina”. Preparando desse modo, a ardência é incorporada aos poucos.

Ervas Aromáticas

Manjericão, hortelã e outras ervas aromáticas devem ser usadas frescas, mas não maceradas junto com as frutas e o açúcar. Isso porque o óleo contido nelas pode resultar em gosto amargo ou expressivo demais, se pressionadas com o socador. Para tirar o máximo dos aromas, prepare as caipirinhas normalmente e adicione as ervas no final, quando as folhas liberam o aroma pouco a pouco na bebida. O misturador no copo também ajuda.

Frutas da estação

Quando na época, além de mais em conta, as frutas são facilmente encontradas e estão mais frescas e gostosas. A manga rende ótimas caipirinhas. Para utilizá-la, escolha o tipo palmer, menos fibroso. Algumas frutas, como a carambola, a mexerica, a pitanga e a amora podem variar de azedinhas a dulcíssimas, de acordo com a época. Prove antes de preparar o drinque e, caso estejam bem doces, diminua pela metada o açúcar da receita. Essa regrinha de cortar ao meio é fixa para o caju, naturalmente bem doce.

Até o caroço?

Como fazer para macerar frutas pequenas, com casca e caroço? Para jabuticabas, siriguelas e uvas, nada de descascar ou remover os caroços. Já no caso da lichia, muito utilizada em drinques, deve-se acrescer apenas a polpa da fruta ao copo.

Outras boas combinações de sabores são:
– Romã e limão
– Abacaxi e pitaia
– Tangerina, manga ou lima-da-Pérsia com pimenta dedo-de-moça
– Siriguela com tangerina
– Phisalis e tangerina
– Carambola e pimenta rosa.

Cachaças e vodcas aromatizadas:

Dá para aproveitar também as cachaças e vodcas aromatizadas existentes hoje: baunilha, tangerina, pimenta, frutas vermelhas… O sabor fica mais suave do que se o ingrediente in natura fosse adicionado. Nesses casos, vale a mesma regra de combinação de sabores. Por exemplo: se a bebida tiver toques apimentados, nada de adicionar picância extra. Aromas cítricos nas bebidas funcionam como limão, e caem bem com hortelã.

Gengibre

Outra dica: o gengibre, de sabor único, combina com a clássica caipirinha de limão. Para adicioná-lo à receita, use um pedaço bem pequeno de gengibre natural: descasque-o, corte em cubinhos, com ajuda de uma faca de ponta, ou rale-o, e macere junto dos limões e do açúcar. Só assim o aroma será liberado e percebido na bebida. À essa combinação vale trocar metade do açúcar refinado por melaço de cana.

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