O que era uma negociação que o mundo cervejeiro comentava, virou realidade. A AB InBev e SABMiller agora são uma só depois que eles aceitaram a oferta de £ 68 bilhões (o equivalente a US$ 104 bilhões).

Basicamente o líder no setor, Anheuser-Bush InBev, de capital belga e brasileiro, agora detém a britânica SABMiller. Ou seja, teremos um gigante mundial. Isso representa que uma a cada três cervejas vendidas no mundo será deles.

O grupo com sede em Londres explicou que o Conselho de Administração alcançou um acordo com a AB InBev, segundo o qual a empresa número um do mundo pagará por cada ação da SABMiller £ 44.

Assim que concretizarem a fusão, o novo grupo terá em seu portfólio marcas como a americana Budweiser, a belga Stella Artois, a italiana Peroni, a tcheca Pilsner Urquell e a holandesa Grolsch da SABMiller. Além disso, após autorização das agências reguladores, ainda terá Corona (mexicana), Foster (australiana) e Snow (chinesa e a mais vendida no mundo).

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Os conselhos das duas companhias disseram que chegaram a um acordo “em princípio” sobre os principais termos de uma “possível oferta recomendada”, após a SABMiller ter rejeitado repetidas ofertas da AB Inbev no decorrer do último mês e só quando aumentaram 4 vezes a sua oferta.

Com esta compra bilionária, a AB InBev abre caminho na África, particularmente na África do Sul, onde a SABMiller nasceu há 120 anos.

Se ao valor da compra for adicionado à dívida do grupo, a SABMiller fica avaliada em quase £ 80 bilhões (US$ 122 bilhões, € 108 bilhões).

“Observadas as presenças geográficas amplamente complementares e as carteiras de marcas da AB Inbev e da SABMiller, o grupo operaria em quase todos os grandes mercados de cerveja, incluindo as regiões emergentes com fortes perspectivas de crescimento como África, Ásia, América Central e do Sul”, anunciou a AB InBev há alguns dias, quando tentava convencer os acionistas de sua até então grande concorrente.

Essa é a terceira maior fusão-aquisição da história, segundo o instituto de análises Dealogic, atrás apenas das operações Vodafone e Mannesmann em 1999 e da Verizon Communications com a Verizon Wireless em 2013.

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